8 de dezembro de 2010

Resenha: Eu, O Desaparecido E A Morta

 Lucas, você não é nada do que eu esperava, mas sabe porque gostei tanto de você? ... Porque somos muito parecidos.








Sinopse: "Ter um pai 'desaparecido' já é uma situação perturbadora, mas a vida de Lucas se complica de verdade quando ele encontra Violet Park – ou melhor, a 'morta' – em uma decadente agência de táxis durante a madrugada. Aquele com certeza não era lugar para uma senhora falecida, e ao buscar um final menos deprimente para os restos mortais dela, Lucas vai descobrir muitas coisas sobre si mesmo."







Título: Eu, O  Desaparecido E A Morta
Título Original: Finding Violet Park
Autor: Jenny Valentine
Editora: iD
Número de páginas: 183 (contando com os agradecimentos na última página)





  Bem gente, estou um pouquinho triste. Esse livro me fez chorar um pouco e pensar muito, porque me identifiquei bastante com o personagem principal, principalmente da relação dele com a mãe.
 De início, eu me decepcionei um tanto com o livro. Porque... Bem, lendo sinopses por aí, eu meio que esperava um romance sobrenatural. Literatura fantástica. E gente, não tem nada, nada, nada haver. Nem sequer um continho de fadas.
 Pra começar, nossa morta é mesmo uma senhora. E não é uma personagem muito aprofundada como era de se esperar. Por outro lado, é uma personagem que carrega um sofrimento psíquico enorme, mas que a morte trouxe uma felicidade quase plena. Logo se nota que Violet, a morta, não se sentia tão satisfeita com a vida como deveria estar, e que precisava de ajuda... Por muitos motivos.
 Uma parte dessa ajuda vem de Lucas... Que na verdade é o escritor da história. Eu adorei ter um livro em primeira pessoa, e na visão masculina, pois nos aproxima muito mais dos sentimentos do personagem. E diga-se de passagem, Lucas é uma graça. Um adolescente complicado (como todos não?), com uma vida cheia de altos e baixos, mas ainda sim um bom irmão e filho. Claro, um pouco rebelde, ele não é um anjinho (nem um pouco). Fuma baseado, fala palavrão, briga com a irmã e cobra demais da mãe. Seu grande herói, é o pai... Que por sinal... é o "desaparecido".
 Não tenho muito o que falar sobre o pai do Lucas, porque a verdade é que sabemos dele tanto quanto o menino. Ou seja, basicamente nada. Eu o achei totalmente frustrante.
 O livro é bem pequenininho, ele é bem rápido e tranquilo de se ler, apesar de algumas temáticas pesadas. Não o considero um livro pra pré-adolescentes, mas sim pra jovens por volta dos 15 anos. Mas admito que quero que minha mãe leia. Eu demorei um pouco pra ler o livro, pois quis aproveitar bem a leitura, mas para os fominhas, em questão de algumas horinhas já é o bastante para devorá-lo.
 Apesar das decepções iniciais, e do do final "3 pontinhos" (ainda não defini se achei bem próprio ou se achei uma droga), eu gostei bastante do livro. Ele é realista, é emotivo. Lucas é um garoto muito meigo, e sua relação com Martha é muito fofa mesmo. É um personagem que como qualquer adolescente, está migrando em ainda ser infantil, ou já ser adulto. Sei bem como essa fase é difícil, até porque ainda me considero (e muito) nela.

 Volto a dizer que não é um romance típico com o que está rolando por aí, mas vale a pena conferir. Eu aprovo o livro com certeza!

 Bem, finalizando pessoas, não sei se tão cedo vou postar uma resenha... Afinal, como vários já sabem, nesse sábado saio em viagem, e vou ficar até dia 05 de Janeiro fora... O que me aguarda? Só os Deuses sabem! Se vocês vão ficar sabendo? Farei todo o possível!
 De qualquer forma vou sentir saudades, então, digam que também vão sentir!!!
 Beijocas.



Paula Duda



Um comentário:

Regiane Cristina S. disse...

A iD realmente está se destacando. Os títulos que eles estão lançando estão prometendo.

Quero ler muito esse livro, ainda mais que você disse que identificou-se com o personagem, por conta da relação dele com a mãe. Estou até vendo, acho que irei me identificar também.

Adorei a resenha.

Beijinhos,

Ler e Almejar